Brumadinho, O Não acidente de...
O Não
Acidente de Brumadinho
Homens e
máquinas procuram corpos,
Andam,
nadam, rastejam e sobrevoam a lama;
Tanta energia
gasta para recolher o resto da dignidade
Que jaz
soterrada (humana)...
É o Capital
pelo Capital
Trazendo prejuízo
Capital
Em um vale
em que a VALE não se importa:
Só desmata,
mata e exporta...
A única
culpada não se culpa,
Desculpas são
apresentadas
Que descem
feito enxurradas,
E cai na
cabeça da turba,
O munícipe
perde a esperança e o parente,
O cachorro,
a casa, e a tranquilidade aparente;
Só lhes
resta rezar para um santo governo qualquer
Estender-lhes
a mão,
Tomar as
providências cabíveis
Para não ter
que desenterrar e enterrar outro irmão. *H. Víler, Poeta Moderno*
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