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O cordeiro e Isaque (Isaac) a palo seco

Eu sou um poeta Um engenheiro da literatura, Ou melhor,  um pedreiro Na construção do texto: Meio braçal Meio boçal Meio intelectual Cismado a arquiteto A desenhar textos (e, vez ou outra, quadros) Dotado de inspiração E conhecimento gramatical, Trafego eu Pelos meus pensamentos e trafico dos dicionários e da memória as palavras e concordâncias de que me valho. O poema nem sempre é o melhor como nem toda construção é um monumento... repara: como o cordeiro que observava Abraão e espreitava a morte de Isaque sem perceber que a aproximação e curiosidade trazia uma opção ao pai de um filho só. Melhor matar o ovino, E o cutelo que imolaria O menino Foi algoz do cordeiro Distraído. Respirava Isaque aliviado Ao perceber Que ao seu lado Havia um arbusto E um descuidado Que  lhe poupava a morte E o destino... (Poeta Moderno – o cordeiro distraído – H. Víler)